Se você que está lendo nasceu nos anos 80, 90 ou antes mesmo, muito provavelmente você foi educado de forma tradicional. Uma criação baseada em punições e castigos, com frases muitas vezes duras com o intuito de ajudar você a “aprender a ser alguém na vida”. Também com distanciamento afetivo, pois era muito comum se acreditar que pais não devem ser amigos dos filhos, pois essa proximidade poderia atrapalhar no respeito hierárquico que era considerado correto.
Por muito tempo se acreditou que realmente esse era um bom caminho de educar (basicamente o único). Porém, com o passar dos anos, a evolução nas pesquisas científicas, o conhecimento em diversas áreas como neurociências, teoria do apego, de John Bowlby (link: https://www.scielo.br/j/ptp/a/bJfD5DCX8sNR96BMxb7dBVJ/ ), teoria polivagal de Stephen Porges (link: https://www.espacodamente.com/emdr/o-que-e-a-teoria-polivagal/ ), fomos apresentados a novas teorias sobre criação dos filhos, que visam criar de forma mais respeitosa, empática, entendendo e respeitando a imaturidade cerebral própria da criança.
O que vai impactar de fato uma criação respeitosa?
Uma criação respeitosa, neurocompatível, que entende que alguns comportamentos infantis da nossa espécie são normais e típicos inclusive a outros mamíferos (como necessidade de contato físico do bebê, necessidade de amamentação em livre demanda, sentir-se mais seguro ao lado do cuidador principal), será capaz de modificar de forma profunda a relação entre pais e filhos, tornando o ambiente seguro emocionalmente para a criança se expressar, com a certeza de que receberá acolhimento e compreensão dos seus cuidadores. Uma criação respeitosa precisa de um ambiente de segurança emocional, no qual possamos ensinar sobre as emoções, ajudar a criança a nomear o que sente e o mais importante, entender que toda emoção é válida e importante, e traz consigo uma comunicação de alguma necessidade.
E essa geração no futuro?
As crianças criadas neste ambiente respeitoso e acolhedor tem uma grande chance de se tornar, inicialmente, adolescentes emocionalmente mais próximos e conectados aos pais, afinal foram criados em um ambiente em que se sentiram validados e respeitados desde sempre. E na vida adulta, possivelmente serão pessoas com mais autoconhecimento, que reconhecem e respeitam seus limites, e assim tem mais chance de se envolverem em relacionamentos saudáveis.
Você quer ter mais segurança para criar seu filho de forma respeitosa? Agende uma sessão de orientação parental que eu posso lhe ajudar.
